Rodoviárias do Rio de Janeiro e Niterói apoiam o projeto Liberdade no Ar
Funcionários dos terminais rodoviários receberam capacitação sobre tráfico de pessoas e trabalho escravo
Na última quarta-feira, 13 de julho, o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) promoveu uma capacitação sobre tráfico de pessoas e trabalho escravo para funcionários do Terminal Rodoviário de Niterói (TERONI) e da Rodoviária do Rio de Janeiro (antiga Novo Rio). A iniciativa é uma das ações do projeto estratégico nacional Liberdade no Ar, da Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete).
Líderes das equipes de limpeza, manutenção, apoio, recepção e administrativo dos terminais receberam o treinamento e serão responsáveis por replicar as informações aos demais funcionários. No Rio de Janeiro, a atividade contou com duas turmas. Ao todo, mais de 1000 empregados serão alcançados.
Atualmente, cerca de 200 mil pessoas transitam no Terminal Rodoviário de Niterói (TERONI). Na Rodoviária do Rio de Janeiro, esse número chega a mais de 50 mil pessoas desembarcando e embarcando todos os dias. Sendo assim, o projeto é capaz de atingir grande parte desse público.
A procuradora do MPT-RJ, Guadalupe Louro Turos Couto, coordenadora Regional da Conaete e responsável pelo treinamento, falou um pouco sobre a parceria: “o intuito da capacitação dos funcionários dos terminais rodoviários é aprimorar o olhar desses profissionais para detectarem possíveis indícios de tráfico de pessoas e denunciarem às instituições competentes. A aproximação do MPT a esses terminais rodoviários tem por objetivo, também, estabelecer uma agenda permanente de veiculação de campanhas de conscientização aos que transitam nesses locais sobre o tráfico de pessoas para a submissão de trabalhadores à condição análoga à de escravo e divulgação dos canais de denúncia. No mês de julho, em especial, serão veiculados vídeos referentes à temática nos mais diversos canais, como telas de avisos de viagem e monitores”.
Durante a capacitação, a procuradora destacou o recente caso de trabalhadores paraguaios resgatados em uma fábrica clandestina de cigarros em Duque de Caxias que chegaram ao Brasil de ônibus e, por meio da exibição de vídeos, explicou o que é o tráfico de pessoas para exploração de trabalho escravo.
Os terminais rodoviários também se comprometeram a iluminar seus prédios de azul na última semana de julho, ou seja, do dia 25 a 31/07/2022, em alusão à Campanha Coração Azul, contra o tráfico de pessoas.
Liberdade no Ar
O Liberdade no Ar é uma iniciativa nacional relacionada ao eixo da prevenção em matéria de combate ao tráfico de pessoas com o fim de redução a condição análoga à escravidão. A ideia é treinar o olhar da sociedade, veiculando nas telas de avisos de viagens vídeos sobre promessas de emprego que camuflam fraude e exploração, com o cuidado de não estigmatizar viajantes em razão de raça, gênero e condição migratória.
O projeto foi inspirado na história da comissária de bordo americana Shelia Fedrick, que salvou uma menina vítima de tráfico de pessoas, em 2011, após desconfiar do modo como o acompanhante dela a tratava durante o voo da Alaska Airlines, entre Seattle e San Francisco, nos Estados Unidos.
A iniciativa conta com a participação de diversas instituições, como agência das Nações Unidas, como UNODC (Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes), a OIT (Organização Internaci do Trabalho), a OIM (Organização Internacional para Migrações), além da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Secretaria Nacional da Justiça, Polícia Federal, Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC), a Associação Brasileira de Defesa da Mulher da Infância e da Juventude (Asbrad), dentre outras.
Denuncie!
As denúncias contra o tráfico de pessoas e o trabalho escravo devem ser feitas por meio do Disque 100, pelo site www.mpt.mp.br ou pelo aplicativo MPT Pardal (disponível gratuitamente para Android e iOs).
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