Metroviários e Concessionária solicitam mediação ao MPT

Empresa apresentou proposta de reajuste conforme sugestão do MPT de observar o INPC, além do reajuste de outros benefícios

Na última segunda-feira (01/8), o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro recebeu, pela segunda vez, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários (SIMERJ) e a Concessão Metroviária do Rio de Janeiro para prosseguir na mediação que busca a recomposição salarial dos trabalhadores. Outras cláusulas, aprovadas em assembleia, também estão sendo discutidas. Acolhendo a empresa a proposta do MPT de observar o INPC, o impasse agora entre as partes é a aplicação desse índice de forma diferenciada.

 Segundo a procuradora regional do trabalho, Déborah Felix, o MPT busca colaborar com a construção de uma solução para o impasse entre as partes a fim de evitar a paralisação dos serviços. “O MPT insiste para que sejam avaliadas as propostas de ambas as partes e que elas possam refletir sobre a possibilidade de concessões recíprocas para superar o conflito”. Déborah ressalta ainda que a paralisação pode não trazer o resultado ideal tanto para os trabalhadores quanto para a empresa.

Acolhendo a sugestão do MPT, a empresa ofereceu um reajuste observando o INPC mas quer aplicá-lo em duas parcelas aos trabalhadores que recebem até 7 mil reais. Sendo 5% em maio (data-base da categoria) e 4.83% em novembro. Para os trabalhadores que recebem além de 7 mil reais, a empresa ofereceu a parcela fixa de 688,10, a ser dividida também em duas parcelas, nos meses de maio e novembro.

Considerando a perda salarial de maio até novembro, a entidade sindical profissional ponderou que o parcelamento e a aplicação do índice somente para os que ganham até R$ 7 mil reais parecia discriminatório, e pediu a compensação da diferença com o pagamento de um abono de 1000 reais podendo ser pago em dezembro de 2016.

Outras 27 cláusulas, aprovadas em assembleia, foram dispostas na audiência a fim de serem discutidas. Elas constam do pedido de dissídio coletivo de natureza econômica em trâmite na sessão especializada de dissídios coletivos do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.

O MPT solicitou ao sindicato que encaminhasse a proposta colocada na mesa para aprovação ou rejeição de toda a categoria e não somente associados, e em contrapartida recomendou ao metrô que não enviasse gestores para a assembleia dos trabalhadores.

Nesta quarta-feira (03/8), o Sindicato fará assembleia para análise da proposta.

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