MPT-RJ participa do 5º Ciclo de Debates da Saúde do Trabalhador: Suicídio: Negligenciamento do Diagnóstico e Tratamento dos Distúrbios Mentais no Ambiente de Trabalho
Tema foi escolhido com base no diagnóstico situacional das ações de saúde do trabalhador na Rede de Atenção à Saúde (RAS) no Estado do Rio de Janeiro
Nesta última terça feira (11/06), o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) participou do 5º Ciclo de Debates da Saúde do Trabalhador, que trouxe como tema "Suicídio: Negligenciamento do diagnóstico e tratamento dos distúrbios mentais no ambiente de trabalho". O evento foi realizado no Auditório do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, localizado na Rua Resende, Lapa, no Centro do Rio de Janeiro.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde e a Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, o tema do evento foi escolhido com base no diagnóstico situacional das ações de saúde do trabalhador na Rede de Atenção à Saúde (RAS) no Estado do Rio de Janeiro.
A abertura do encontro contou com as palavras e agradecimentos da Superintendente de Gestão de Vigilância em Saúde, Rosemary Mendes Rocha, e do Diretor da Divisão de Saúde do Trabalhador do Estado do RJ, Raul Cercato. Ambos destacaram a importância do debate sobre a saúde mental no ambiente de trabalho e o compromisso das instituições envolvidas em promover melhores condições para os trabalhadores.
A primeira palestrante do dia foi a socióloga, Dayse Miranda, também diretora do Instituto de Pesquisa, Prevenção e Estudos em Suicídio (IPPES) que falou sobre o suicídio, sofrimento psíquico e risco ocupacional, a relação entre o risco de suicídio e o processo de adoecimento, ressaltando que as características ocupacionais têm um papel significativo na agenda da saúde do trabalhador, “Entender esses fatores é crucial para desenvolver estratégias de prevenção eficazes”, informou.
Na sequência, Norma Bomfim, representando os trabalhadores e trabalhadoras, que, em sua apresentação, enfatizou a visão dos trabalhadores e trabalhadoras, destacando como a falta de diagnóstico e tratamento adequados podem agravar os problemas de saúde mental. Antes de finalizar, mostrou algumas trocas de conversas entre os trabalhadores que sofreram distúrbios mentais, devido ao ambiente de trabalho.
Fechando o primeiro painel, a procuradora regional do Trabalho do MPT-RJ, Cynthia Maria Simões Lopes, discorreu sobre os impactos negativos que os fatores de riscos podem ocasionar no ambiente do trabalho gerando adoecimento ou potencializando patologias já existentes além de acidentes de trabalho. A procuradora ressaltou como as condições e relações de trabalho negativas podem contribuir para o aumento dos casos de suicídio, e apontou alguns fatores de riscos que afetam à saúde mental dos trabalhadores, como assédio moral, sexual, jornadas excessivas, discriminação, falta de sentimento de pertencimento, rivalidade, problemas financeiros, entre outros.
Além disso, discorreu sobre o “Programa de assistência ampla e integrada à saúde mental e à valorização dos agentes de segurança pública do estado do Rio de Janeiro, que é desenvolvido dentro e um Procedimento Promocional onde o MPT atua como articulador social. “Esse procedimento tem duas vertentes iniciais, a primeira é o diagnóstico e a segunda é a prevenção. O diagnóstico se revela importante na medida em que, a partir dele, virão as propostas de intervenção. Fundamental, também, a conscientização de todos os gestores sobre a importância do tema e da necessidade de elaboração e implementação de uma política institucional de assistência à saúde mental dos agentes de segurança pública, com destaque à prevenção do adoecimento psíquico destes mesmos profissionais e seus familiares”, explicou a procuradora.
Iniciando o segundo painel, palestrou o professor de psicologia na UFF de Volta Redonda, Bruno Chapadeiro, que trouxe dados estatísticos e possíveis causas dos transtornos mentais decorrentes do ambiente do trabalho.
Durante uma das palestras, Ana Luiza Caldas Horcades, chefe da Seção de Segurança e Saúde no Trabalho SEGUR/RJ, abordou o contraste entre o saber técnico científico e o conhecimento prático do trabalho. Falou sobre a importância do gerenciamento de riscos, sobre a Norma Regulamentadora n.1, sobre ergonomia.
Encerrando o evento, o público presente pode participar de um debate aberto.
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