MPT-RJ participa de Seminário sobre medidas socioeducativas em meio aberto
Evento foi promovido pelo Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso do MPRJ
O Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) participou, nesta segunda-feira (25), do III Seminário Intersetorial de Práticas Socioeducativas em meio aberto. O evento, promovido pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), foi realizado no Instituto de Educação Roberto Bernardes Barroso (IERBB).
A procuradora do Trabalho, Dulce Torzecki, esteve presente representando o MPT-RJ e integrou a segunda mesa do Seminário com o tema “Aprendizagem Profissional: Construindo Oportunidades”.
O ponto alto do evento na parte da manhã foi a participação de pai de adolescente que cumpriu medida socioeducativa de liberdade assistida, acompanhado pelo CREAS. Segundo ele, considerando que os pais precisam sair para trabalhar, o Estado deve oferecer políticas de atendimento às crianças e aos adolescentes que moram nas favelas. Nesse sentido, fez um pedido de socorro ao poder público, pois, sem direcioná-los para atividades além da escola, acabam se envolvendo na criminalidade.
O jovem Washington, que também cumpriu medida de liberdade assistida, prestou emocionante depoimento sobre a importância de uma oportunidade de acesso ao mundo do trabalho para os adolescentes e jovens. Sua experiência de inclusão o retirou da criminalidade, motivo pelo qual hoje se sente realizado por estar em espaços de fala onde, narrando sua experiência, estimula outros adolescentes e jovens a buscarem outros caminhos.
Durante o evento, foram realizadas reflexões sobre a atuação da assistência social, que engloba, entre outras questões, o racismo estrutural da nossa sociedade. Também foram abordadas as limitações humanas e estruturais dos CREAS na cidade do Rio de Janeiro, desafiando o cumprimento das medidas socioeducativas em meio aberto pela rede. Na parte da tarde, foi realizada uma roda de conversa sobre as experiências exitosas no Município do Rio de Janeiro.
Segundo a procuradora do Trabalho, “acompanhar as falas dos palestrantes e os depoimentos foi uma experiência ímpar. Ao realizar as audiências com as empresas nos inquéritos e nas ações civis públicas insistimos sempre na contratação desse público socialmente vulnerabilizado quando elas cumprem a cota de aprendizagem. Afinal, é preciso amplificar o pedido de socorro feito pelo pai do adolescente.”
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