MPT-RJ participa de evento em prol da inclusão da pessoa com deficiência
Roda de conversa inclusiva foi promovida pelo Instituto Rede Incluir em parceria com o TRT-1 e o MPT-RJ
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) abriu suas portas, nesta quarta-feira (8/11), para mais uma iniciativa voltada à inclusão. No auditório do 4º andar do prédio-sede (Centro do Rio de Janeiro), foi realizada uma roda de conversa inclusiva pelo regional fluminense, em parceria com o Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), com o Instituto Rede Incluir e empresas que participaram de ao menos uma das três edições da Feira de Empregabilidade da Pessoa com Deficiência e Reabilitados do INSS sediadas no tribunal desde 2022. A segunda edição ocorreu no dia 20/6; a terceira, nessa terça-feira (7/11).
Os principais objetivos do evento foram analisar os resultados das três edições da feira e debater o acesso de pessoas negras com deficiência ao mercado de trabalho. A roda de conversa foi organizada pela Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRT-1, com apoio da Escola Judicial e do Subcomitê de Equidade Racial do tribunal.
Durante a última edição da feira, realizada na terça-feira (7/11), foram oferecidas cerca de 300 vagas destinadas exclusivamente a pessoas com deficiência e reabilitados do INSS. O total de postos preenchidos ainda está sendo compilado, mas o vice-presidente do TRT-1, desembargador Roque Lucarelli Dattoli, observou que o sucesso dessa ação vai além dos números. Segundo ele - que participou da mesa de abertura, representando a Presidência do tribunal -, vale destacar a visibilidade que a feira consegue dar à causa da inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, a taxa de participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho é de 28,3%, menos da metade do índice registrado entre pessoas sem deficiência, que é de 66,3%.
Presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TRT-1, a desembargadora Alba Valéria Guedes Fernandes da Silva reforçou a importância de conscientizar as empresas sobre o seu papel social. “Minha maior preocupação, na atuação como magistrada, não é condenar empresas que não cumpram a cota (de preenchimento de vagas de pessoas com deficiência). Existe uma essência maior, que é interiorizar que o direito ao emprego e à dignidade é constitucionalmente protegido”, disse ela.
Ainda de acordo com a desembargadora, a roda de conversa abre uma oportunidade para que as empresas e as entidades que articularam a feira dialoguem e possam buscar em conjunto soluções para promover a inclusão e superar desafios. “Nós sempre analisamos cada feira realizada e buscamos as melhores estratégias de como ela pode ocorrer com resultados efetivos. Quero entender, por exemplo, por que uma determinada empresa teve dificuldades em contratar”, observou ela.
De acordo com a procuradora do Trabalho Fernanda Barbosa, representante do MPT-RJ, as feiras têm propiciado derrubar estereótipos e que as empresas participantes encontrem profissionais qualificados(as) e comprometidos(as). Esses perfis profissionais foram ressaltados por Antoniel Bastos, presidente da Rede Incluir, principal articuladora dessa iniciativa, também chamada "Circuito Dia D": “Nós não trabalhamos com currículos, mas sim com potencialidades”, resumiu ele, que está à frente de uma organização sem fins lucrativos facilitadora das contratações.
Integraram também a mesa de abertura o procurador-chefe do MPT-RJ, Fábio Goulart Villela; o superintendente regional do Trabalho, Alex Bolsas; e o presidente da Associação Comercial e Industrial de Jacarepaguá (Acija), Paulo Valente.
Na sequência, foi realizada uma roda de conversa com o tema “Trocando ideias em prol da inclusão da pessoa negra com deficiência no mercado de trabalho”, com a participação do filósofo e consultor em diversidade e inclusão Marcelo Zig e dos servidores do TRT-1 Lívia Marinho, graduada em Língua Portuguesa, e Gabriel Gaia, graduado em Letras (Português – Inglês) pela UFRJ. Os três são pessoas com deficiência (PCD). O debate foi mediado pela servidora do TRT-1 e membro da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do regional fluminense Maria Villela.
A roda de conversa foi transmitida ao vivo pela Escola Judicial do TRT-1. Assista aqui na íntegra.
Fonte: TRT-1
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