Servidores do MPT-RJ aderem à paralisação nacional por reajuste nos salários

A procuradora-chefe do MPT-RJ, Teresa Basteiro, manifestou apoio às reivindicações

Os servidores do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ) aderiram à paralisação nacional desta sexta-feira (30/1) convocada pelo sindicato da categoria, com o objetivo de obter reajuste salarial e a valorização da carreira. Os servidores ligados ao Ministério Público da União (MPU) estão há nove anos sem reajuste nos salários.

O movimento, intitulado “Apagão”, foi convocado pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério Público da União e do Conselho Nacional do Ministério Público (Sinasempu), mobilizando profissionais de todo o país. A categoria reclama da desvalorização salarial e do descaso do Governo Federal.

Os servidores pedem a incorporação dos 13,23% na remuneração, assim como inclusão no Projeto de Lei Orçamentária Anual 2015 - ainda pendente de aprovação pelo Congresso - de recursos orçamentários para o reajuste da categoria. O sindicato reivindica a aprovação do Projeto de Lei 7.919/2014, que trata da reposição salarial de técnicos e analistas do órgão.

A procuradora-chefe do MPT-RJ, Teresa Basteiro, manifestou apoio à manifestação dos servidores. “As reivindicações são justas e legítimas, pois os servidores estão há muitos anos sem reajuste, sem reposição equivalente ao aumento do custo de vida, que impacta a todos”, declarou.

Em comunicado enviado aos servidores, ela recomendou apenas que gratificados ou comissionados permanecessem no desempenho de suas funções, como forma de possibilitar um número maior de adesões ao movimento, já que, pela Lei 7.783/1989, que regulamenta o direito de greve, é necessário que pelo menos 30% do serviço seja mantido. No MPT-RJ trabalham atualmente 278 servidores, incluindo requisitados e comissionados sem vínculo.

Todas as reivindicações da categoria serão enviadas pelo Sinasempu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em forma de abaixo-assinado firmado por todos que aderiram ao movimento. Na segunda-feira (2/2), haverá nova assembleia da categoria no 7º andar do MPT-RJ, para avaliar o resultado do movimento.

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